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terça-feira, 12 de março de 2013

ISS e satélites Iridium

Como todos sabem a Terra é, atualmente, o planeta com maior número de satélites. Além da Lua, nosso único satélite natural, somam-se milhares de satélites artificiais.

Uma dor de cabeça para quem planeia uma sessão de astrofotografia, mas uma nova oportunidade para observação.

Os satélites mais espetaculares são a ISS (Estação Espacial Internacional) e os flashes dos satélites de comunicações Iridium, vulgarmente designados “Iridium flares”.
Os flashes são provocados pelas Main Mission Antenna (MMA) que equipam cada um dos satélites. Estas antenas (3 por cada satélite) medem 1,88m por 0,86m e são feitas de alumínio polido. Estão montadas num ângulo de 40 graus com o eixo do corpo do satélite, que é mantido sempre em posição perpendicular relativamente ao solo. Ao longo da órbita do satélite, as antenas refletem a luz solar, criando um flash rápido e previsível de cerca de 10 km de diâmetro, quando os raios refletidos incidem sobre a Terra.
Para um observador, o flash é extremamente brilhante, com uma duração entre 5 a 20 segundos. Alguns flashes são tão brilhantes, atingindo magnitude -8 que podem ser observados em pleno dia, desde que se saiba exatamente para onde olhar.
Os satélites têm magnitude +6, pelo que só são visíveis, a olho nu, próximo dos flashes. Não é por isso de estranhar que já tenham dado origem a relatos de avistamentos de OVNIS, devido ao grande brilho que atingem para pouco depois se “apagarem”.
Os satélites efetuam uma rotação completa em cada órbita, pelo que a orientação vertical relativamente a um local é sempre a mesma e a direção do satélite é sempre conhecida.
No site http://www.heavens-above.com/, obtêm-se listagens de passagens da ISS (para as 24h seguintes ou para 10 dias), dos flashes dos satélites Iridium (para 7 dias) bem como de outros satélites, para qualquer ponto do globo.

Texto de Rui Costa

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