O telescópio espacial Planck, da Agência Espacial Europeia (ESA),
obteve o mapa mais detalhado do Universo, quando este tinha somente 370
mil anos.
Neste mapa vê-se a radiação vinda do Big Bang, a chamada radiação
cósmica de fundo, na forma de comprimentos de onda de microondas (devido
à expansão do Universo).
Por esta altura, a temperatura média do Universo era 3.000 K (+2.726,8ºC). Agora é de 2,7 K (-270,45ºC)
O Planck recolheu dados durante 15 meses e meio. Antes desta altura, o
Universo era tão quente que era opaco. Mas com 370 mil anos, o Universo
viu as primeiras partículas de luz (fotões). O “arqueólogo” telescópio
Planck capturou o registo fóssil desses fotões.
O que se vê no mapa são incrivelmente pequenas diferenças de temperatura no Universo, que no geral era bastante homogéneo.
Essas diferenças de temperatura mostram pequeníssimas diferenças em densidade (mais denso = mais quente = vermelho).
Essas diferenças em densidade levarão, milhões de anos depois, ao
nascimento de galáxias (na verdade, serão aglomerados de galáxias) nos
pontos mais densos, onde se concentra mais matéria.
Esta nova imagem mostra uma melhoria na medição das diferenças de
temperatura iniciais (ou melhor, na medição das suas variações).
Segundo o director da ESA, estas observações do Planck permitem-nos
compreender o Universo de uma forma vinte vezes melhor do que antes.
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